domingo, 22 de novembro de 2015

Torturas da Ditadura Militar

 Os métodos de tortura utilizados pelo regime militar eram tão cruéis que levavam à morte os torturados ou deixavam-nos loucos. Por Mateus Ramos, Adital 

 As torturas a que eram submetidos os presos políticos levaram ao surgimento de outro termo: desaparecidos políticos, pessoas que simplesmente sumiram após serem detidas pela polícia.
  
  Métodos de tortura

"Eles faziam um morde e assopra, me afogavam e depois me faziam respirar, como se eu houvesse me afogado na praia, isso me deixava maluca”, desabafa Cacau ao lembrar-se dos 15 dias que passou sendo torturada.
 Antes de falarmos dos órgãos de repressão, é necessário explicar os métodos de tortura utilizados, que, muitas vezes, eram tão cruéis, levando à morte dos torturados ou deixando-os loucos.
   
  Cadeira do Dragão
   
 Era uma espécie de cadeira elétrica revestida de zinco e ligada a terminais elétricos, onde os presos sentavam pelados. Quando ligado, o aparelho transmitia choques em todo o corpo do torturado. Além disso, muitas vezes, os torturadores colocavam um balde de metal na cabeça da vítima, onde também eram aplicados choques.

   Pau-de-arara

 O pau-de-arara era uma das formas mais antigas de tortura, utilizada no Brasil desde a época da escravidão. Os torturadores colocavam uma barra de ferro atravessando os punhos e os joelhos do preso, que ficava pelado. A vítima era pendurada a cerca de 20 centímetros do chão, numa posição que causava dores lancinantes e não parava por aí.  Depois de pendurado o torturado sofria com choques elétricos, pancadas e queimaduras com cigarros.
  
   Afogamentos

 Nesse método, os torturadores tapavam as narinas do preso e colocavam uma mangueira dentro da boca da vítima, obrigando-o a engolir água. Outro método de afogamento era o de imergir a cabeça do torturado em um tanque de água, forçando sua nuca para baixo até o limite do afogamento. Muitas vezes o preso desmaiava, o que não significava o fim da tortura.

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